ASSOCIAÇÃO LEAIS VIDEIRINHOS DE PEDROUÇOS

Colectividade nascida em 15 de Julho de 1953 da união de duas Assosiações da Freguesia de Pedrouços, concelho da Maia, Os Leias e os Videirinhos de Pedrouços . Leais ( Leal ) – Que não falta ás suas promessas ; Sincero; Franco; Honesto ; Fiel ; Dedicado ; Conforme a Lei . Videirinhos ( Videiro ) – Que ou aquele que trata com afã da sua vida ou dos seus interesses ; Fura-vidas ; Agenciador ; Trabalhador ( de vida ) .

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Breve Historia desportiva


É a partir dos primórdios dos anos setenta, que pelo impulso da entrada massiva de jovens na vida associativa e da abertura de outras mentalidades dos dirigentes de então, que se começa a encarar a possibilidade da prática desportiva na Colectividade.
Assim, segundo rezam as nossas crónicas com registos, a primeira actividade desportiva extra-muros, foi a participação de uma equipa em 1973 na modalidade de futebol de Salão, no então prestigiado Torneio de futebol de Salão do Académico do Porto, onde tantos craques nasceram . Ai a equipa orientada pelos Directores, Alcino Campos e Joaquim Garcia obtiveram um honroso terceiro lugar. Voltaram a participar no ano seguinte com a obtenção de um quarto Lugar. Em 1976 e 77 ainda liderados por Alcino Campos, também se fizeram incursões pelo atletismo, com duas participações na já mítica Volta a Paranhos durante o reinado do nosso Olímpico Carlos Lopes, mas cuja a continuidade não foi efectiva.
Por estas épocas, as comemorações dos aniversários do 25 Abril eram momentos da prática desportiva e da realização de actividades
É, em uma das comemorações do dia da Revolução dos cravos em 1978 que se relança na colectividade uma das disciplinas mais emblemáticas, o Boxe, com a organização de uma sessão nos antigos Paços do Concelho em Barreiros.
Rapidamente esta secção ganha força com a inclusão de ex. Campeões regionais ao ponto de se organizarem Torneios de boxe em Pavilhões com a participação por convite de vários campeões. Tenta-se então a filiação, mas a falta da área desportiva nos estatutos, impede a sua efectivação a assim morre esta disciplina nesta colectividade.

Já é na década de 80 que surge outra modalidade que iria ser a primeira secção federada, o Ténis de Mesa. Liderada por Américo Rocha e composta por 6 atletas, participa-se no campeonato Regional de 1982/83)

Contudo, foi já no decorrer da década de 80 que a Colectividade despertou para outros tipos de realidades e necessidades.
Tornou-se mais ambiciosa e começou a crescer .
Inserida num meio extremamente carenciado implementou um programa higiénico, construindo balneários a que todos tinham acesso gratuito e onde todos acorriam, obviamente as secções desportivas também, facilitando assim o incremento de mais modalidades
A partir de 1980 surge na Colectividade a secção de Atletismo que com o passar do tempo se tornou na modalidade mais amada e também “produtiva “ na Associação.
Com a cessão de outra colectividade que praticava esta modalidade em Pedrouços, o então treinador Jorge Antunes, assume a secção como treinador e Seccionista e aqui começa uma longa historia que iria durar até 1994, sempre bem acompanhado por elementos como Raul Silva, Paulo Silva, Firmino Teixeira e Virgílio Garcia e sendo directores desportivos Ildefonso Coelho e posteriormente Jorge Machado .
Começando por participar nas chamadas provas de Atletismo “popular” de estrada, percorreu todo o pais, desde Valença, até as Meias Maratonas da Nazaré e Lisboa, sempre com o apoio do pelouro desportivo da C.M. Maia .Era por estas alturas a melhor equipa por escalões do Atletismo no distrito do Porto com cerca de 80 atletas, onde predominavam os escalões de formação.
Em 1983 realiza-se o primeiro grande premio de Atletismo L.V.P. em estrada, provas que se tornariam das mais famosas do atletismo de estrada por escalões e que durariam até á quinta edição em 1988
Com o evoluir da secção , dá-se o passo seguinte, a federação desta modalidade e a mudança do perfil dos grandes prémios.
Sendo uma modalidade federada, alem de estrada também se pratica o Corta-mato e pista , onde se conseguem alguns títulos distritais , individuais e colectivos .
Mas são as organizações dos grandes prémios, que trazem até terras do LIDADOR, milhares de atletas de todo o pais e mais tarde atletas estrangeiros. É o tempo das “Voltas á Maia em Atletismo” que começam em 1990 e duram 5 edições.
Prova única no contexto do atletismo de estrada, pois o seu perfil, levava a que por escalões e por etapas se percorresse, todo o Concelho, com partidas e chegadas espalhadas por varias freguesias, contando para isso com colectividades amigas nessas freguesias e com as próprias juntas de freguesias. Estas provas, eram muito participadas (chegaram a estar inscritos 1 milhar de atletas) porque os troféus e posteriormente prémios monetários atraíam os melhores atletas .
Estas provas (e a própria secção) só atingiram este apogeu também devido ao apoio do Pelouro de Desporto da Maia, sendo de salientar os Vereadores do desporto Dr. Sousa e Silva, Sr. Mário Rui, Eng. Bragança Fernandes e Prof. José Pedrosa.
O apadrinhamento, em 1992, desta secção pela campeã olímpica Rosa Mota acabou por se tornar o momento mais elevado da sua existência. assim como a homenagem á Campeã Mundial de Corta Mato , Albertina Dias
Em 1989, está também esta colectividade presente nos Primeiros “ Jogos Desportivas da Maia” onde desde a primeira hora estivemos presentes ao lado do seu mentor Professor José Pedrosa, quer como participantes ( atletismo e Futebol de Salão) quer como colaboradores., sendo de salientar o trabalho árduo de Jorge Antunes e Virgílio Garcia na dedicação a estes jogos .
Durante as décadas de 80 e 90, não existiram só as modalidades de atletismo e Ténis de mesa, não sendo de forma regular, os Leias e Videirinhos, também participaram em provas de pesca e em Torneios de futebol de salão Feminino
Na madrugada de 26 de Julho de 1996, um violentíssimo incêndio destruiu por completo todas as instalações da Colectividade bem como todo o seu recheio mobiliário e todo o património histórico existente, como fichas de arquivo e cartões de associado desde a sua fundação, o arquivo fotográfico com milhares de fotografias, elucidativas da vida da Associação, o arquivo videográfico com dezenas e dezenas de fitas com registo da efervescência dos últimos anos além do valiosissímo guarda-roupa e do enorme museu de troféus onde se contavam mais de 500 taças e troféus, assim como todos os equipamentos desportivos e culturais.
De 1996 e até 2001 a Colectividade manteve-se totalmente encerrada mergulhando numa crise social dificilmente recuperável.Assim no âmbito desportivo e sobre a liderança de Jorge Antunes o primeiro renascimento foi a secção de Ténis de Mesa liderada por Paulo Silva
Que logo no segundo ano sobe da 3ª á segunda divisão Distrital.
Entra uma nova modalidade na Associação, o BTT, bicicleta de todo terreno, na vertente cicloturistica, mas logo em 2002, organiza o seus passeios sendo de salientar a Volta á Maia em btt, por caminhos rurais e florestais (foto 10), e em 2003 o passeios “Por VALES E MONTES DO LEÇA”, mostrando a gentes de todo o norte a ruralidade e ambientes fluviais do nosso concelho.
Também em 2002 em conjunto com uma loja comercial, MaiaCycles federa-se esta secção que participa na taça nacional, troféu Maxxis, e conquista o título de Sub-23 masculinos do campeonato regional do Minho pelo atleta Bruno Silva. Realiza-se ainda no ano 2004 e seguindo sempre a veia de originalidade, mais uma iniciativa diferente, um Rally em Btt por terras da Maia, St. Tirso e Valongo em que participaram 52 atletas de todo o Pais.
Se no primeiro ano da renascida iniciativa da Câmara Municipal da Maia, jogos Inter Freguesias, ainda esta colectividade atravessava o seu deserto negro, logo na segunda edição, não deixamos de estar presentes, com varias equipas de futsal em sub-12 e seniores, snoker e ténis de mesa, ai também como co-organizadores.
Desde a 2º edição têm esta colectividade dedicado, todo o seu ser desportivo aos jogos Inter freguesias, quer como participantes (atingindo no ano 2004 o total de 70 atletas em representação), quer apoiando a sua organização. Nas modalidades de Futsal ( todos os escalões Masculinos e Femininos) , snoker, ténis de Mesa e Sueca, em todos obtendo resultados meritórios, mas não sendo esse o motivo que nos move, mas sim a pratica sádia do Lazer e o dizer presente ás iniciativas da Câmara Municipal que tantos nos apoiaram e continuam a apoiar .
Ainda em 2004, integrado nas comemorações do 51ª Aniversario, organizou a secção desportiva, liderada pelo director Paulo Nogueira um Torneio de futsal “ Pais e Filhos” em que cada clube tinha de participar com escalões de filhos e Pais, obtendo-se assim a classificação geral da equipa mais completa.
Chega o ano 2005 e já se trabalha para mais uma participação nos jogos .
Assim aqui fica um breve historial sobre o desporto nesta colectividade que nascendo para o Teatro, tantos feitos têm atingido no desporto.
Nos desculpem todos aqueles que contribuíram para o engrandecer desta colectividade e que por lapso memorial omitimos ou pela inexactidão nos dados temporais, pois tudo o nosso cadastro desapareceu em fumo e a memoria já nos falha.